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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Tributo a Fernando Pessoa

A poesia, essa mulher fingida,
trai o poeta por toda uma vida
sob o vestido da inspiração.

E vai fingido ser a sua amante,
e segue a traí-lo a todo instante
com qualquer verbo, por qualquer razão.

A poesia, essa mulher à toa,
traiu Camões, Augusto e Pessoa
com um reles poeta amador:

Este poetastro, que sou eu,
que finge ter fingido que aprendeu
fingir ser um poeta fingidor.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 10/10/2015
Alterado em 10/01/2017
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