No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Menção ao dia dos namorados

O poeta namora a poesia,
qualquer que seja a forma ou o matiz.
Namora a virgem casta, a meretriz...
com laivos de paixão e utopia.

Poeta que é poeta, como diz
um dito popular jamais escrito,
quer seja um menestrel, um erudito...
namora qualquer verso e é feliz.

A poesia flerta com poetas
quer seja um menestrel, um erudito...
porque, como se diz, está escrito
nos livros, nunca lidos, dos profetas.

Poema que é poema e é bonito,
quando o último verso se completa,
namora a pena, o verbo e o poeta
e até as entrelinhas do não dito:

amar é namorar (no infinito)
um pontinho qualquer ao fim da reta.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/05/2016
Alterado em 12/06/2017
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