![]() Pranto guardado
Seu coração que é berço e é jazigo de todos os amores já vividos, de tanto que venceu, quedou vencido por uma das paixões do tempo antigo. Chora, pois que alguém chora contigo a derradeira lágrima do triste: a lágrima que teima e que resiste em se evadir dos olhos comovidos. Chora pelos amores proibidos, ou por algum amor dos tempos idos, que se perdeu nas sombras do passado. Se não puder chorar, não tenha medo, que a poesia guarda, em segredo, o pranto que jamais derramado. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 01/11/2018
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