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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

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A nova teria da evolução

Há algo no mundo dos humanos capaz de subjugar o instinto, a inteligência, a força, o talento, a criatividade, a maldade, a cobiça, a inveja... enfim, todas as virtudes e defeitos somados ao Homo sapiens, durante sua evolução, ao longo da existência. O poeta diz que é a poesia, o filósofo, que é a filosofia, o crente, que é a fé, o cientista, que é a ciência, a religião que é o seu Deus. Eu respeito todas as opiniões, mas tenho a convicção de que se há algo no mundo dos humanos capaz de realizar tamanha façanha chama-se: mercado de consumo.
Um mercado regido por três regras básicas: alienação cultural, marketing subliminar e dependência psicossocial. Regras, que no conjunto, compõem os alicerces da chamada lei de mercado: corpo e alma do neoliberalismo.
O consumo é, portanto, o leite maternal do capitalismo moderno, em que o setor produtivo é uma espécie de barriga de aluguel do capital especulativo e os bancos são enormes reservatórios de óvulos e espermatozoides prontos para apurar a genética dos novos e velhos ricos.
Aqui não se trata de manifestação de concordância ou discordância ideológica, mas o momento de reeditar a teoria da evolução de Darwin com um novo conceito: a teoria do monkey-money.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/08/2016
Alterado em 26/08/2016
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