No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Fabela da formiga e o poeta

_Vá trabalhar, senhor desocupado!
Ralhava a formiga com o poeta.
_Vá produzir qualquer coisa concreta.
Já chega de viver alienado.

O homem se manteve ali, calado,
como se meditasse uma resposta.
E a formiga, como diabo gosta,
sem dó, atormentava o coitado:

_Lembra a cigarra morta pela fome?
Pensava e agia feito um homem
tolo e ocioso como tu.

O poeta então olha pra formiga
e diz, solenemente: _minha amiga,
vê se te liga, vá tomar no ...
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/01/2006
Alterado em 25/04/2021
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