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Madre Santa
Prenhez ofídia que pariu flagelos E que abortou os filhos rejeitados; Cuspiu veneno em nome do pecado, A pedra angular do seu castelo. Línguas de fogo a impingir cutelo Aos embriões outrora fecundados Pelo eterno amor anunciado No beijo entre o prego martelo. Tu és a mãe da dor eternizada Nos corações da prole desgarrada Que feneceu na noite dos mil anos. A Madre pétrea, ventre imaculado, Que concebeu o sêmem ejaculado Pelo algoz do sofrimento humano.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/03/2006
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