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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Honorabilidade nua
O meu reflexo no espelho da vaidade
É uma sombra amorfa e descolorida,
Pois é minh´alma de poeta refletida,
A revelar-se em sua intimidade.

Um ser poético não tem necessidade
De alimentar o ego co'a tolice humana,
Ou magnificar a pequenez ufana,
Na lente convergente da futilidade.

Portanto digo aos meus poetas, meus confrades:
Não é a roupa que dá brilho à majestade,
Pois que um talento prescinde de adereço.

Peço que enxerguem na nudez da poesia
A verdadeira face da sabedoria,
Que faz a lira dum poeta não ter preço.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/03/2006
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