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Augustal do poeta Lucas Tenório
Pudesse roubar de Augusto eu roubaria,
quem sabe o seu soneto que não foi escrito; os catorze versos que foram ao infinito, alçando na esquife a morte em poesia. E roubaria seus poemas mais proscritos pra resgatar de sua alma a ectopia... e então, despudoradamente, eu doaria todo o legado do seu âmago incontido. Assim, solenemente, Lucas, tu serias fiel depositário da patomania com que Augusto perseguiu a perfeição. E, a ti, me somaria como um peito amigo, pra que juntos construíssemos o jazigo, em que viria enterrar seu coração.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/03/2006
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