No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Doce lembrança
A árvore de copa penteada
pelo vento morno da primavera,
traz-me a lembrança daquela era
quando era ainda um quase nada.

Um galho pendente sobre a calçada
balançava ao canto dum passarinho;
Lá se ia e vinha, devagarinho...
como carinho de mulher amada.

Uma flor me lembra a namorada!
A primeira boca por mim beijada,
quando, beijar, ainda, eu mal sabia.

Que foi feito, será, do passarinho!?
Quiçá fugiu, mas trouxe-me o ninho
onde aninhei esta poesia.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 03/06/2006
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