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Juros de mora
O juro é alma gêmea da ganância ungida pelas mãos do capital. A chama singular, essencial, que arde nos porões da abundância. O juro entorpece a consciência e põe o egoísmo de plantão para zelar o todo e o quinhão, que somam a usura à opulência. Eu desconjuro o juro a toda hora, pois vivo a pagar juros de mora por tudo que comprei na juventude: Pago, com a tristeza, a alegria, e com a dor eu pago a primazia de ter amado muito mais que pude.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/07/2009
Alterado em 26/02/2012 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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