![]() Delírio poético
No último suspiro do ocaso o sol afaga o cimo da montanha que, de tão tola, inda hoje sonha ser a mais bela musa do parnaso. A lua, de ciúme, aperta o passo para chegar mais cedo ao poente. O céu se esmorece, de repente, como quem se prepara pro abraço. A flor verga o talo, insolente! O coração do mundo faz que sente a brisa que refresca a poesia. Apenas o poeta, esse demente, consegue crer que vê, à sua frente, a cópula da noite com o dia. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/01/2010
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