No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Fabela do sapo e o escorpião —Pra Juli refletir (rsss)—

—Ah! que tristeza não saber nadar!
Lamenta-se, pro sapo, o escorpião.
—Quisera ser um sapo, meu irmão!
Poder por estas águas navegar.

O sapo, pensativo, a coaxar,
resolve ajudar o escorpião:
—Venha comigo! Mas por precaução...
pôs-se a ensiná-lo a nadar.

—Que alegria é saber nadar!
Exclama, alegremente, o escorpião.
Não quero ser um sapo, meu irmão.
Já posso, eu sozinho, navegar.

O sapo sai nadando, devagar...
e é alcançado pelo escorpião.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/08/2006
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