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Poção coveniente - Menção ao poema de um amor iatrogênico de Lí Maial -
Apenas uma dose de veneno e serás morta, assim como eu. De certo não te lembras que doeu o beijo que escondeu o teu aceno. Mas este mundo grande é tão pequeno, que as nossas dores se encontrarão. E no sepulcro do teu coração o nosso amor, enfim, restará pleno. E, assim, não saberei se quem morreu foi o amor ou foi a solidão; se foi verdade ou foi ilusão o beijo que calou-me o teu adeus. Mas do teu seio levo em minha mão o leite morno que dele escorreu.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/10/2006
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