No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto chorado para Pixinguinha

Um disco de vinil beija a vitrola
enquanto a sua mão procura a minha
e a noite faz chorar, por Pixiguinha,
os dedos de Paulinho da Viola!

A poesia beija, enquanto evola
um verso desgarrado do soneto
e minha mão gorjeia por seu peito,
qual sabiá fugido da gaiola.

De Pixiguinha, um sopro de carinho
transmuda-se no Sax, qual chorinho,
que, o som da natureza, silencia.

E nesse instante, prenhe de ternura,
o cavaquinho beija a partitura
e a música abraça a poesia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/03/2011
Alterado em 12/06/2021
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras