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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Redenção

O peso da soberba desmedida
há de vergar-te o dorso à revelia,
em tom de reverência à poesia
que há nas coisas simples desta vida.

 

Como um desabrochar de margarida,
um riso inocente de criança,
um passe de balé ao fim da dança,
um beijo a selar a despedida...

 

Pois quando o sofrimento se aproxima,
o verso se esvai atrás da rima
e deixa a poesia à vontade.

 

Desfaz-se o pedestal da presunção
e, finalmente, a voz do coração
sussurra, ao mesmo tempo que se evade.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 03/04/2011
Alterado em 07/10/2022
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