No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A matemática da sátira

Ao dividir seu vício solitário
com a nudez das capas de revistas,
vai-se somando, a outros onanistas,
na introspecção do imaginário.

Há muito que esconde do vigário
os traços do pecado capital,
que urgem do espasmo seminal,
para emergir no trato urinário.

Quinhentos mil vaivéns, que vem e vão...
a repetir infame operação
no delta entre prazer e cansaço.

Até que finalmente durma o falo
e possa a mão mostrar enorme calo
gerado pelo tempo no espaço.
 
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/04/2011
Alterado em 17/08/2018
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