No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

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Carta marcada

Reservou-lhe a garra do destino,
o resto remexido dos jantares
dos homens que freqüentam lupanares,
atrás dos atrativos femininos.

Foi infeliz assim desde menino!
Não teve mãe, nem pai e nem ninguém!
Viveu a ruminar o mesmo amém
dos santos, dos pagãos, do assassinos...

Cresceu, cresceu...ficou adolescente!
A fome, a fustigar a sua mente,
comeu-lhe as migalhas de hombridade.

Tornou-se mais adulto e menos gente!
Hoje ele furta, rouba, mata e mente,
por todas as esquinas da cidade.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/04/2011
Alterado em 08/11/2020
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