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A flor de vênus abre-se completa e verte o orvalho do desejo. Eu finjo que não sinto, que não vejo, pois que fingir é coisa de poeta. A flor, cada vez mais e mais aberta, contrai-se e relaxa a todo instante. Eu finjo que minh'alma está distante, à caça de uma nova descoberta. Mas, qual um colibri alado em cores, meu corpo se defaz dos seus pudores e embota os pruridos da razão. E eu poeta, escravo do instinto, mergulho nos profundos labirintos, que guardam corpo e alma em comunhão. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/04/2011
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