![]() Moribundo
Do corpo emaciado, o cheiro azedo recende e anuncia a morte em vida! Um recital de moscas na ferida entoa a ode triste do degredo! A carne agoniza em segredo, enquanto a dor refrega o sofrimento e a morte, à espreita do momento, joga seu manto tosco sobre o medo. A fome lhe desdenha a boca triste, enquanto a conciência insiste em preservar tão pávida figura. O céu abre a janela do ocaso, enquanto um abutre, em voo raso, calcula as dimensões da sepultura. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/04/2011
Alterado em 19/07/2019 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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