No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Doutrina

E lá estava ele escarnecido
por sobre o tosco lenho do madeiro.
O corpo, a mendigar, foi o primeiro
a suplicar que alguém lhe desse ouvido.

O sangue a derramar-se, diluído,
mesclava o colorido do cenário.
A morte, tatuada num sudário,
velava o seu último gemido.

E assim morreu... mas nunca foi vencido!
E o mundo ainda entoa seu gemido,
como se fosse o hino da vitória.

Fez-se, do lenho tosco, uma bandeira,
que arrebata homens nas fileiras
dos batalhões que contam sua história.

Que o tempo não apague da memória,
as provas de amor mais verdadeiras!
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/04/2011
Alterado em 19/07/2019
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