No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Império ianque

Soturno e decadente, como tantos,
tu matas, com as mãos da Liberdade,
pretensos inimigos e confrades,
em nome de teu deus e outros santos.

A musa, impregnada de vaidade,
com mais de metro e trinta de nariz,
fundida com o cobre de Paris,
parece conspurcar a eternidade:

Teus braços, duas fímbrias traiçoeiras,
alongam-se além das ribanceiras
dos rios que teu solo há de beber.

Os rios, que invadem todos mares
em busca de encontrar outros lugares,
pra desaguar a sanha de poder.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/05/2011
Alterado em 30/04/2019
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