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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto reverente

Poeta... abriu, da íris, a pupila
e inundou, de luz, o cristalino!
Pra iluminar um sonho de menino,
pôs a dormir um dom que não cochila.

Acomodou seus versos na mochila
e pôs-se, pelo mundo dos olhares,
a visitar, sem pressa, os lugares
por onde a poesia se perfila.

Poeta... acendeu, da musa, o brilho
e fez-lhe dar à luz ao novo filho
que nasce quando a mente se esvazia.

Aplaudo-te, poeta, com veemência,
a lira que cavalga a inteligência
no dorso sensual da poesia.

Quem escreve um soneto, algum dia,
há de ouvir a voz da consciência!
 
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 23/06/2011
Alterado em 08/02/2019
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