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Hiroshima
Herculano Alencar
Um vulto de fumaça incandescente roubou a luz do sol naquele dia. E aos pés de Deus, e à sua revelia, tingiu o céu de cores diferentes. Pedaços destroçados de viventes vagaram pelas dores mal sentidas. E confundiu-se a morte com a vida e fez-se treva às luzes do nascente. Não houve tempo para sofrimento, nem para o suspirar de um intento ou para o beijo há tanto esperado. A morte foi ao céu, sem dar aviso, e sussurrou um verso de improviso com rimas de um soneto mutilado.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/07/2011
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