No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O bêbedo e o equilibrista
Trançado as pernas rumo ao sol poente,
o bêbado encontra o equilibrista!
—Qual de nós dois será melhor artista?
Indaga o ébrio em tom impertinente.

Não sei, senhor! Lhe digo francamente,
que eu jamais andei embriagado.
O bêbado sibila admirado:
—Servido um golinho de aguardente!?

Cinco copos mais tarde -o sol já posto-
os dois, embriagados de dar gosto,
seguem, trançando as pernas, rumo à lua.

Cai o equilibrista, esbaforido...
O bêbado, de pé, nariz erguido,
espalha seus aplausos pela rua.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/07/2011
Alterado em 21/07/2011
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