No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Literomaníaco
Herculano Alencar

Não consigo domar a fala escrita,
pois são as bulhas do meu coração
que falam, através das minhas mãos,
um pouco do que a alma acredita.

Inda que seja a morte infinita,
que seja a vida o meio da estrada.
Inda que minha fala diga nada,
o nada há de torná-la mais bonita.
  
Que cale no meu peito o verso torto
carpido no soneto natimorto,
que teima em pugnar-me a poesia.

Pois o meu coração já não se cala
e forja, pelas mãos, a mesma fala
que a pena, no papel, acaricia.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/07/2011
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras