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Desencontro
Herculano Alencar
Guardo aquele olhar com que vestiste a íris (colorida lentejoula): olhar tão opiáceo, qual papoula, de um fulgor que já não mais existe. Aquele olhar que teima e que insiste em desassossegar o meu olhar. Que ri um pouco antes de chorar, ainda que o riso seja triste. Aquele ar, que em teu olhar persiste, como a dizer adeus, até um dia... Olhar que fez cegar-me a poesia quando, ao olhar pra mim, tu não me viste. Aquele olhar alegre, guardo triste, pois não pude entender porque sorria.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/07/2011
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