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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Noturno op. 9 n.2
Herculano Alencar

Quisera traduzir a emoção
que ora toma conta do meu peito!
Quisera achar um verso tão perfeito,
que mal coubesse aqui no coração!

Quisera adormecer na ilusão
de que Chopin viveu este soneto
e que achou um verso tão perfeito
que pôde traduzir essa emoção.

Um verso que encerre o sentimento
que, à guisa e à deriva do momento,
navegue em minha mente sem destino.

Um verso tão bonito, tão singelo...
quanto o aplauso do violoncelo
ao solo do piano e o violino.



Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/08/2011
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