![]() Um poeminha besta
E lá está o ponto na vidraça à sombra de um silêncio sepulcral, como se fosse a mesma pá de cal que sinaliza o leito da desgraça. Ao lado desse ponto há uma traça parada na metade do caminho, pra não deixar o ponto tão sozinho, ou simplesmente por pura pirraça. Enquanto o ponto fica e a noite passa eu tomo mais um gole de cachaça e ponho um verso a mais à luz do dia. E quando a embriaguez enterra o sono, a traça faz do ponto um cão sem dono e eu transformo o ponto em poesia. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/10/2011
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