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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto para um louco

A delirar no colo da paixão
em transe de prazer e de ventura,
procura, loucamente, o louco, a cura
para quem voa e nunca sai do chão.

A mente ouve vozes e a visão
avança nas fronteiras do juízo,
enquanto a boca esboça um sorriso
e corpo inteiro entra em convulsão.

E quando este poeta pára um pouco
e pensa o que é de si e desse louco,
que vive nos jardins da sua mente,

alça o mais belo voo e, das alturas...
descobre que esse louco não tem cura
e é muito mais feliz do que doente.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 09/10/2011
Alterado em 05/05/2018
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