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O nada
Herculano Alencar
O nada nada nu no mar vazio, qual ondas de areia no deserto, que se movem ao vento, em rumo incerto, por sob a imensidão do céu de estio. O nada nada torto como um rio, que corre, do adeus para a saudade, levando um coração pela metade e um pranto que, enfim, saiu do cio. O nada não é nada e, no entanto, é muito mais do que intenta o pranto nos olhos de um homem sem paixão. E um homem sem paixão não tem presente e embora durma e sonhe como gente a vida lhe será um sonho vão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/10/2011
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