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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto a "La Bohème"

Enquanto minha alma evapora,
meu coração explode pela boca,
a música vagueia feito louca
e eu hei de chorar a qualquer hora.

A poesia é parte da demora,
como a paixão é parte da espera!
E se não sou metadade do que era,
é que algo de mim já foi embora.

E cai o pranto ao som de La Bohème,
e dentro em mim alguma coisa geme
mas eu não sei o que e de onde vem.

Só sei que é tão forte, tão intensa...
que até provavelmente me convença
que Deus há de estar aqui também.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/10/2011
Alterado em 10/11/2020
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