No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Valsinha

(Menção a Chico Buarque e Vinicius de Moraes)

Seus olhos, embotados de ternura,
saíram pela rua, atrás de mim,
em cada bar, em cada botequim...
e até onde a moral pede censura.

A solidão tem lá sua loucura,
mas é muito mais sóbria que a paixão.
E eu, que era paixão e solidão,
andava louco e só na noite escura.

Mas quando a sua mão tocou a minha,
meu coração rendeu-se à valsinha,
que fez o amanhã nascer em paz.

Então eu me entreguei ao seu abraço
e a noite, quase morta de cansaço,
enfim pôde dormir um pouco mais.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/10/2011
Alterado em 20/06/2019
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