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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Talvez!

Eu vou calar a noite e, talvez,
o dia de amanhã e de depois...
para ouvir o canto de nós dois
ao despertar da minha embriaguez.

Eu vou calar a boca de vocês:
românticos, poetas e outros mais...
para ouvir o som dos nossos ais
até me embriagar mais uma vez.

E se ninguém me ouvir ainda assim,
então eu vou calar o que é de mim
para ouvir, da boca de vocês,

que a noite não calou  e que o dia
se embriagou bem mais do que devia
para calar a noite e o talvez.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/11/2011
Alterado em 15/03/2022
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