![]() Contradição
Eu hoje sou o amor de mão vazia, aquele amor que dorme enquanto espera a flor abrir-se, ao sol da primavera, como se fosse um verso em poesia. Ontem, que eu fui tudo o que queria: um príncipe, um rei e até poeta, a minha vida hoje está completa, tal qual a luz que à noite alumia. Eu hoje sou o amor de mãos atadas. Aquele amor que dorme nas calçadas, junto ao ébrio, ao cão, à meretriz... Aquele amor que bebe e que vomita e faz a poesia tão bonita, que até o triste ri de tão feliz. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/11/2011
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