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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Tereza

Por onde anda a boca de Tereza,
que já não mais sussurra em meu ouvido?
Onde será que foi o seu gemido,
algoz dos meus momentos de fraqueza?

Onde andará a língua framboesa
que me adoçava os beijos de cinema,
qual verso de amor de um poema,
que a rima era um sonho de princesa?

Onde estará Tereza neste instante?
Talvez a encantar algum amante,
que há de repetir esta pergunta.

Mas se estiver à sombra da lembrança,
que grassa nos meus sonhos de criança,
a sua alma, à minha, estará junta.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/11/2011
Alterado em 08/04/2022
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