No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Eu e o violão ao som de carrilhões.

No meu primeiro acorde, o violão
não quis obedecer ao meu comando.
Inda me lembro onde, como e quando,
o pólex tocou-lhe no bordão.

Enquanto eu dedilhava, a outra mão
inda fazia o seu primeiro calo!
E o violão, qual sino sem badalo,
ouviu calado o som de um carrilhão.

No meu segundo acorde e, desde então,
eu vivo a ensaiar uma canção
que teima e desafina no meu peito.

Se músico não fui (faltou talento!)
eu hoje simplesmente me contento
em dedilhar os versos de um soneto.

Ouça Dilermando Reis: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=BOzHytfopUA
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/11/2011
Alterado em 07/04/2021
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