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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Primeira desilusão
Herculano Alencar

Dá-me teu seio, acende a luz do meu passado,
abre teus lábios, põe a boca ao meu dispor,
esconde o ventre sob a sombra do amor
e te perdoarei o último pecado.

Dá-me teu beijo, aquele beijo cobiçado,
que não morreu nos lábios secos do amante,
o beijo apaixonado que, num só instante,
juntou paixão e ódio de um mesmo lado.

Dá-me teu sonho, mesmo sendo pesadelo.
Dá-me teu riso, pois eu fiz por merecê-lo
quando chorei por ti nos ombros da paixão.

Dá-me o seio, o beijo, o sonho... dá-me o riso
e moverei o mundo inteiro, se preciso,
para esquecer da dor quando disseste não.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/12/2011
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