No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Teresina, 01 de janeiro de 2012.
As águas do passado, hoje turvas,
motrizes dos moinhos de criança,
trouxeram, dos confins, uma lembrança
que conseguiu varar ventos e chuvas.

O rio serpenteia em sua andança,
enquanto a lembrança faz as curvas
e deixa para trás paixões viúvas
de um sonho que nasceu da esperança.

Hoje, ao pisar o chão do meu passado,
meu coração, qual um cupido alado,
vagou pelos jardins da minha infância.

A terra, ainda quente, como outrora,
insiste em me lembrar que fui embora:
na brisa, no luar e na fragrância.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/01/2012
Alterado em 26/09/2020
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