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Frevo-de-rua
Herculano Alencar
Meu coração que dança, cá no peito, na sístole-diástole do passo, sem nunca dar amostra de cansaço, enfim pôde entender do que foi feito. Se cada coração tem o seu jeito de reagir à peça musical, o meu, atualmente, dá sinal de que não aprendeu dançar direito. Mas, mesmo assim, ainda me atrevo a afinar as bulhas com o frevo até o despertar da isquemia. E quando, finalmente, a madrugada puser-me a vomitar pela calçada, a dor há de render-se à sinfonia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 10/02/2012
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