Corte à musa
Tu és a flor que tímida espera
forjar no mel a seiva do pecado, junto daquele beijo apaixonado, que o colibri roubou na primavera. A flor que o desejo dilacera quando a paixão se impõe à poesia e deixa entrar no ventre, à revelia, o sêmen que verteu de outra hera. Oh, bela flor, vermelha e delicada, eu hei de mitigar o teu perfume e fenecer nos ombros do ciúme, até que chegue ao fim minha jornada. Mas se tu fores minha namorada, farei amor à luz de um Vaga-lume
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/02/2012
Alterado em 06/09/2016 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |