![]() Miragem
Brilhava um grão de areia indiscreto, por sob o pelo fulvo de uma deusa, quando, refém aos dons da natureza, o meu olhar passou ali por perto. O mar, deitado sob o céu aberto a espraiar espumas na areia, olhou-me como quem faz cara feia ou como eu fosse areia no deserto. O vento assobiu uma canção, o sol cozeu a cores do verão e juntos conspiraram. Inda assim... o grão de areia riu indiferente, brilhou ainda mais e, de repente, a deusa deu-se em versos para mim. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 23/02/2012
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