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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O bêbado e o equilibrista
Herculano Alencar

Trançando as pernas rumo ao sol poente,
o bêbado encontra o equilibrista!
—Qual de nós dois será melhor artista?
Indaga o ébrio em tom impertinente.

Não sei, senhor! Lhe digo francamente,
que eu jamais andei embriagado.
O bêbado sibila admirado:
—Servido um golinho de aguardente!?

Cinco copos mais tarde (o sol já posto)
os dois, embriagados de dar gosto,
seguem, trançando as pernas, rumo à lua.

Cai o equilibrista, esbaforido!
E o bêbado, de pé, nariz erguido...
entoa seus aplausos pela rua.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 24/02/2012
Alterado em 25/02/2012
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