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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Flagrante
Herculano Alencar

À sombra de um livro de poemas,
dormem os olhos verdes da menina!
O mar revolve a areia, branca e fina,
enquanto uma gaivota bate penas...

Chapéu de palha -sombra pequenina-
proteje-lhe os sonhos de verão,
enquanto o vento morno varre o chão
e o sol bate-lhe às portas da retina.

À sombra da menina, a poesia
avulta-se em versos, rodopia...
e torna o belo muito mais perfeito.

E eu, que era um poeta de passagem,
me pus a rabiscar tão bela imagem
na tela imaginária de um soneto.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/03/2012
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