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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Amor fingido

Quando acordei, ao sol de um novo dia,
e vi a luz entrar pela janela,
menti pra rosa achar que fosse ela
o lírio que me trouxe a poesia.

Quando acordei do sono, que dormia
sob os lençóis de amor da madrugada,
menti pra rosa achar que fosse amada
por todos colibris da cercania.

Meu Deus, será que a rosa não sabia,
que não havia ali um colibri?
Que o verso de amor que escrevi
foi que luziu o sol do novo dia?

Não sei! E se soubesse não diria,
pois não sei explicar por que menti.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 09/03/2012
Alterado em 28/12/2020
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