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Homenagem póstuma ao poeta desconhecido.
Herculano Alencar
De tão magro tornou-se um esqueleto. Uma pobre carcaça descarnada. Ainda assim varava a madrugada a petiscar os versos de um soneto. Viveu, à luz da lua, pelo gueto, a maldizer de tudo o que podia. Aida assim guardava a poesia, como se fosse deus, num amuleto. De tão fraco morreu sem um suspiro, ainda assim desceu ao seu retiro com um sorriso fúnebre nos lábios. Agora é muito menos que carcaça, ainda assim sua lembrança grassa entre os poetas tolos e os sábios.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/03/2012
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