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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

A matemática do acaso

Bateu à minha porta, um certo dia,
uma mulher qualquer, desconhecida,
com ar de Madalena arrependida
por carregar o nome de Maria.

Falou-me das agruras desta vida
e desejou-me um mundo encantador.
Falou-me alguma coisa sobre amor,
então pediu-me um prato de comida.

Bateu à minha porta, um outro dia,
outra mulher com nome de Maria,
e perguntou se eu a conhecia.

Não sei! Eu respondi encabulado.
-"Eu sou Maria, a musa do pecado,
mas pode me chamar de Poesia!"
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/03/2012
Alterado em 17/08/2018
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