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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Cenacolo Vinciano
Herculano Alencar

Assenta-se ao centro (imponente)
pra repartir o pão de cada dia,
co'a mão de quem declama poesia,
mas,  na verdade, esconde a dor que sente.

Olhar de quem sentiu (e ainda sente)
o mal de quem cumpriu uma sentença:
a dor, que é um traço de nascença,
inscrito no olhar de sua gente.

A voz, emudecida na pintura,
esconde a invisível amargura,
que fustigou o peito do artista.

Da Vinci teve seu lugar no céu
e a  arte há de pagar o aluguel,
pois Deus é seu eterno avalista.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/03/2012
Alterado em 25/03/2012
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