![]() O Credo agnóstico
Herculano Alencar Eu creio em deus! Eu creio, e sei que creio desde que me conheço como gente! Eu creio em deus, o deus onipotente que ocupa quase todos meus receios. Eu creio em deus e digo sem rodeios, por que já cria antes de ser gente. Eu creio em deus, o deus onipresente que me afasta, da boca, rijos seios. Creio no deus dos tempos de escola! O deus que me ensinou dar esmola e me obrigou amar o meu irmão. Eu creio em deus! O deus que foi-me imposto. O deus, que é meu deus a contragosto, por que não me foi dada outra opção. Este soneto é uma menção ao capítulo 9 (Infância, abuso e a fuga da religião) do livro —"Deus um delírio"— de Richard Dawkins, que se inicia com uma citação de Victor Hugo: "Há em cada cidade uma tocha —o professor; e um extintor — o padre". Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/03/2012
Alterado em 12/04/2014 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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