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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

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Há tanto amor perdido no caminho
que liga a despedida à saudade,
que eu não caminhei nem a metade
e já me debrucei num pelourinho.

Há tanto colo em busca do carinho
com que a saudade afaga a despedida,
que mal eu caminhei por esta vida
e já me acostumei viver sozinho.

Há tanta poesia ao abandono,
tanto lençol à espera de um sono,
que ser poeta faz algum sentido.

Há tanta dor em busca de um pranto
que resolvi chorar e, por encanto,
trouxe de volta todo o amor perdido.

Há tanto amor ainda não perdido,
que hei de achar algum, em qualquer canto.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/03/2012
Alterado em 07/04/2019
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