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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Repente
Herculano Alencar

O soneto, que ora eu escrevo,
faço como se fosse um repente:
o verso que vier à minha mente,
será, ao fim, o verso que escrevo.

Este soneto é muito diferente
de todos que um dia eu escrevi,
pois que vai refletir o que senti
quando a palavra veio à minha mente.

Não vou encomendar, inda que tente,
palavras estudadas, comoventes...
pra conseguir fechar um só terceto.

Escreverei o verso que primeiro
fizer brotar no verso derradeiro
a musicalidade de um soneto.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/04/2012
Alterado em 05/04/2012
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